Por: Rafael Nascimento dos Santos
Na varanda um jovem observa o horizonte.
Nossa
como as coisas mudaram, pensou.
Seu
olhar se perde no infinito horizontal da cidade.
Daqui,
da para ver grande parte da cidade e suas mudanças. Não da para acreditar que
mudou tanto.
De
repente seu olhar foi desviado como se fosse puxado, atraído, para um
determinado ponto físico, lugar próximo.
Nossa!!!!
O que é aquilo? Espantado pelo que via.
Estendido
sobre um varal velho havia varias peças de roupas. Ao vento secar. Com a brisa
as peças secavam e embalavam um ritmo generoso ao olhar do jovem.
É
comum, eu sei, ter sobre o varal tais peças, mas estas... Não há palavras para
explicar.
Da
pequena varanda, via calcinhas e sutiãs, entre outras peças, cada uma com suas
particularidades e delicadezas.
Cada
peça o deixou sem palavras, só sua mente trabalhava no momento.
O
varal esta repleto de Sutiãs, GRANDES, calcinhas, minúsculas. Cada peça, o fazia
imaginar a mulher que a usava, imaginava-a como a mulher perfeita.
Seios robustos, quadris grandes, cabelo longos, olhos claros, pele clara e assim por diante, até seu cheiro e sua voz, davam para ser percebidas através de seus suspiros.
Muitas coisas era somente imaginação, outras era percepção visual.
Oh!!! Será que existe tal mulher? Gostaria de vê-la realmente.
Para o fim de seus delírios e suspiros em sua construção mental de uma mulher perfeita e para sua constatação, uma velha de grandes seios e quadris também grandes surge, do nada, modo de dizer, sai de dentro de casa, para verificar e retirar as roupas secas do varal.
Que mulher perfeita que nada, disse ele, jogando todos os seus delírios pelo ralo. Era somente uma velha, que pena.
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